O que é Missão Integral?

A Declaração da Rede Miquéias diz o seguinte sobre Missão Integral: “Não é somente uma questão de que o evangelismo e o envolvimento social devam ser feitos concomitantemente. Ao invés disso, na missão integral a nossa proclamação tem conseqüências sociais ao motivarmos as pessoas a amarem e se arrependerem em todas as áreas da vida. O nosso envolvimento social tem conseqüências evangelísticas ao testemunharmos a graça transformadora de Jesus Cristo. Se ignorarmos o mundo, traímos a Palavra de Deus que nos envia para servir o mundo. Se ignorarmos a Palavra de Deus, não teremos nada para levar ao mundo. A justiça e a justificação pela fé, o louvor e as ações políticas, a transformação no âmbito espiritual, material e pessoal, e as mudanças estruturais devem caminhar juntas. Assim como vimos na vida de Jesus, o ser e o fazer estão no âmago da nossa tarefa integral.”

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Lições de Missão Integral




    Andava inconformada com certas  tradições da igreja evangélica e com o modo religioso de tratar a vida das pessoas, quando o ouvi pela primeira vez sobre de Missão Integral. Comecei a ler tudo que aparecia e também ouvir  mensagens e cursos a respeito. Chegou a um ponto que eu tinha muita informação teórica, mas não entendia como era na prática.

Então algumas circunstâncias me levaram a cuidar de uma igreja moribunda,  com 11 membros restantes. Passei dois anos lá num trabalho aparentemente sem resultados, voltava pra casa chorando e perguntando pra Deus o que Ele queria de mim naquele lugar. A única direção que tínhamos era de orar para que Deus nos mostrasse o que Ele queria de nós, pois apesar de convidarmos as pessoas para igreja raramente alguém aparecia e as cadeiras ficavam sempre vazias.

Depois comecei a entender que era um tempo de amadurecimento e restauração daquelas vidas que ainda insistiam em estar lá e de mim também. Deixei de me preocupar com a produção de resultados em termo de números, entendi que Deus trabalha com vidas individuais e que quantidade é uma modo capitalista de ser. E foi assim, de encontro a encontro, éramos trabalhados e lapidados pela Palavra... Mas ainda havia aquele negócio de Missão Integral que não queria se calar.

No começo achei que Missão Integral era um modo “evangélico” de dizer ação social. Então comecei a olhar no entorno de nossa comunidade para ver onde poderíamos atuar socialmente. Há muito tempo eu ouvia sobre a Favela do Gica, do outro lado da Estação, numa área isolada pela linha do trem, entre  plantações de alface e um porto de areia. Ninguém da igreja tinha ido lá. Temiam pelo fato de ser muito perigoso e de haver liderança de criminosos lá. Um irmão da igreja topou me levar lá e fomos. Resumindo, me apaixonei pelas pessoas de lá, começamos a trabalhar com elas e hoje muitas fazem parte de nossa congregação.
Confesso que ainda sei pouco do que é Missão Integral, quais os limites dela  e para onde ela aponta. Nesse trabalho com a comunidade da Vila Estação (eles não gostam de dizer Favela do Gica) temos tido muitas experiências e situações inusitadas. Fomos compreendendo que como Igreja, sendo sal e luz, não podíamos ficar salgando o salgado e iluminando o já iluminado. Às vezes, ficamos nos bancos de igreja, como se estivéssemos pregados lá, uma paralisia que nos impede de ir  aos campos prontos para a ceifa. Eis abaixo algumas lições aprendidas e outras ainda por aprender. Que sirvam de inspiração e de motivo de parceria.  
     
     Todo ser humanos tem uma identidade
Pessoas são pessoas, sua identidade não pode ser definida por adjetivos como carentes, favelados, viciado, mãe-solteira etc. Por isso, todos são tratados pelos nomes e conforme a idade, de senhor e senhora. 

A Missão Integral nos faz desenvolver relacionamentos.
Descobrimos que desenvolver relacionamento com pessoas em situação de miséria é o modo cristão de ser. Na verdade isso tem sido um desafio para muitos cristão teóricos. Porque relacionamento implica não somente dar, mas também, e principalmente aprender a ser humilde para receber o que o outro tem a oferecer. Numa atitude natural, sem esforço. Também relacionamento implica em escutar, escutar a história dessas pessoas, chorar com suas dores, rir com suas parcas alegrias e de alegrias sem sentido. Enfim fazer parte da vida delas, de fato. É bom doar uma cesta básica. Mas o melhor é levar na casa, sentar com a família, verificar as causas da necessidade e traçar um plano para não ser mais necessitado.


   Somos mesmo iguais.
Missão integral não é ação social, é mais que isso, é um modo cristão de ser e de estar no mundo. Nada pode ou deve continuar da mesma forma a nossa volta, porque Aquele que está em nós é maior do que aquele que está no mundo. Este sentimento de estar no mundo é consciência de que humanamente somos iguais, cultura, nível cultural, posição são circunstâncias abaláveis. Se há algo é pode nos diferenciar é a graça de Cristo aceita individualmente.

   O problema da pretensão:
Agir num contexto trazendo transformação pode nos fazer achar que somos “o máximo”, nesse caminho vêm possibilidades eleitorais, vantagens pessoais, ou até mesmo o pretensão de nos achar algumas coisa. Tudo isso mata o que foi feito. Creio que isso é maior ameaça. É complicado entender que estar juntos, ser suporte do outro não é mérito, é o ser natural do cristão.


   Mudanças lentas e fora da expectativa
É um desafio falar da esperança de Jesus diante de necessidades extremas. É mesmo um exercício de fé prática, porque precisamos continuar atuando, mesmo ser ver, depositando os resultados nEle. Regamos e Ele faz o milagre da vida. Nem sempre do modo como imaginamos e no tempo que desejamos. O trabalho de Missão Integral exige uma mente desapegada de ideologias humanas. Requer a mente de Cristo. 


   A prática na prática
Essa tem sido nosso maior desafio. A questão não se reduz no “fazer o bem” , mas que tipo de ação “ensina a pescar”? Pensando nisso, estamos usando o espaço da igreja para uma oficina de costura de bolsas e montagem de bijuterias. A Aglow entrou com o treinamento e os materiais. Chamamos de Espaço de Arte e Vida, pois lá há trabalho, evangelização e discipulado ao mesmo tempo. Mas não é tão simples assim ensinar a pescar, o mais difícil é a mudança de mentalidade, fazer alguém enxergar o que está impossibilitada de ver. Requer persistência, paciência fé e amor, acima de tudo. 


    Necessidades além de materiais
Envolver-se a pobreza e a miséria, é muito mais do uma cesta básica.  Os maiores desafios são as péssimas condições de saúde e educação, já latentes na sociedade brasileira, consequência de longos períodos de corrupção e de sistemas públicos falidos, e que crescem exponencialmente.  Por causa disso, em parceria com a Junta de Missões Nacionais das igrejas Batista, implantamos o projeto Dentista Cidadão. Uma dentista atende cerca de 8 pessoas a cada 15 dias. As pessoas atendidas são tratadas como pessoas, desenvolvemos relacionamentos com elas e assim testemunhamos de Cristo.


   Integração – a evidência do Reino
Percebe-se que o Reino de Deus está próximo quando  as placas denominacionais ficam nos bastidores. Questões do Reino não têm espaço para competições. Quem ganha é o Reino, a glória e o poder são dEle.


   Barreiras “quase” intransponíveis
Há ainda guerras maiores a travar: baixíssimo grau de estudo ( tão baixo que nem conseguem aprender a aprender), sentimento de inferioridade, mentira, preguiça, ignorância, fuga da realidade: alimentação  fútil, drogas, bebida, modelismos, sexualidade descontrolada, orgulho, sentimento voluntarioso, falta de noção de família, ausência de pais e mães (há pais e mães, mas não no sentido que isso significa). Quais as armas para essa guerra?
     

    Encontrar quem se importe
Um de nossos maiores problemas é encontrar que se importe, quem queira se envolver com ações humanas e cristãs, de fato. Temos máquinas, materiais, e pessoas para aprender, mas poucos assumem o compromisso para fazer a coisa funcionar. Temos uma dentista que doa um tempo de sua profissão, mas às vezes temos que implorar para que apareça pessoal de apoio. Há muitos crentes dispostos para cantar, dar testemunho, ir para vigílias, profetizar e pregar, mas é  raro encontrar que queira trabalhar nos bastidores.

Quando me deparo com uma comunidade/pessoa socialmente fragilizada, logo me vem uma sensação do riso irônico do diabo, como se ele dissesse a Deus “Olha só o eu posso fazer com homem criado a sua imagem e semelhança”. Senti isso a primeira vez na casa de uma mulher entregue o craque com 5 filhos pequenos. Parece uma luta já perdida e só mesmo a fé pode nos fazer ir adiante.
Nossa ajuda não pode ser uma ação caridosa,  uma esmola, um ato beneficente, um desencargo de consciência. Enfim a ajuda não pode ser uma ajuda, mas um envolvimento que significativamente traga a justiça, a paz e alegria do Reino de Deus, entendo que, como filhos de Deus, somos o canal dessa justiça e dessa paz. Simplesmente não dá para  ter olhos e não ver.
Em resumo,  nada acontece sem a manifestação da Palavra de Deus ,a verdade que liberta falada pelo canal do amor. Fora isso, seremos só um tilintar de sino, vazio e oco.  Por isso, precisamos ser empáticos com a visão de Jesus diante da multidão: ovelhas sem pastor, campo branco para a ceifa – quem irá?

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Gratidão e necessidade...Quem se importa?


O reconhecimento e gratidão a quem tem, nestes últimos meses, contribuído com doação de alimentos, sabonetes e sabão. Também pelas doações em dinheiro que têm ajudado...


· a comprar cloro para desinfetar as casas afetadas pelas últimas enchentes
· e para pagar a passagem da Cláudia (ex moradora da Vila Estação) vir fazer o tratamento dentário. Depois que sua casa caiu em uma enchente, ela e seu marido Luiz construíram um barraquinho (com as telhas e materiais que vocês doaram) na casa de seu pai em Biritiba Mirim.

PROGRAMA VILA ESTAÇÃO:

São dez famílias da comunidade da Vila Estação atendidas no Programa Família Estação. Esse programa de desenvolvimento visa acompanhar as famílias não só espiritualmente, mas também ajudando a desenvolver seu potencial como cidadão e como ser humano. Isso é missão integral.


Necessidades urgentes
· A Marisa é casada, tem dois filhos. O marido está desempregado e sobrevivem dos bicos de pintura que ele faz, enquanto não arruma emprego fixo. Seu filho mais novo ainda é bebê e mama no peito. Nas últimas semanas, ela tem estado muito doente, com problemas de estômago. Já esteve internada e aguarda “pacientemente” ser chamada para uma endoscopia. Enquanto isso, está contornando com remédios. Em razão dessa situação, seu leite acabou e não está conseguindo amamentar seu bebê.
Necessidade: doação de leite longa vida.

· A Claudete – é cega, abandonada pelo marido, mora com filhos e netos, em um barraco de madeira, recebe um salário mínimo por mês, faz pequenos trabalhos manuais para sobreviver e tem curso de massagem anti-estresse.
Necessidade: Uma maca para fazer os atendimentos de massagem. A igreja cederá o local. Valor da maca R$240,00.

Outras necessidades práticas:
· Pessoas especiais para discipular adolescentes.
Temos cerca de 8 adolescentes da Vila freqüentando a igreja. Eles precisam ser amados, compreendidos e orientados a sobreviver com cristo no meio de uma comunidade dominada pelo tráfico.
· Projeto Dentista Cidadão:
Estamos precisando dos seguintes materiais para o próximo atendimento: tira de poliéster, tira de lixa, caixa para lixo hospitalar, ponta imantada (2013, 1094, 1095) ficha clínica.
· Espaço para os bebês
... enquanto as mães assistem o culto ou esperam o atendimento do Dentista Cidadão.
Chiqueirinho para os bebês, um berço, tapete de EVA e brinquedos para bebês.
· Móveis, colchões e materiais de construção:
São sempre bem-vindos e necessários para diminuir a precariedade da vida nas casas.


Para doações:
· Ligue para 4638-5187 – falar com Lilian. Se for doação em dinheiro, ela dará
· E-mail: inesmurad@terra.com.br
· Para doações em dinheiro, entre em contado para darmos o número da conta da igreja.

Ore...
Se importe...
Se mobilize...
Faça sua pequena parte...



“O rei responderá: O que vocês fizeram a estes pequeninos irmãos, a mim o fizeram...”
Mateus 25:40



A Ele seja a glória pelo progresso* destas famílias.



*Progresso (dicionário Aurélio) : Acumulação de aquisições materiais e de conhecimentos objetivos capazes de transformar a vida social e de conferir-lhe maior significação e alcance no contexto da experiência humana; civilização, desenvolvimento: os fatores do progresso. Isso é Reino de Deus!

sábado, 26 de dezembro de 2009

Natal 2009




A todos que participaram da nossa festa
· Doando presentes a crianças.
· Colaborando com o lanche.
· Estando lá na festa, sorrindo e conhecendo as famílias.
Obrigada, vocês ajudaram a fazer do nosso Natal um tempo de alegria e amor. Não só por causa da distribuição de presentes, (algumas crianças da Vila Estação já até tinham ganhado presentes de outras instituições) a diferença se faz do modo como nos colocamos ao lado a lado como irmãos através da graça, seja da classe média ou situação de extrema miséria. Não é uma simples ação social, é a oportunidade de partilhar nossas vidas e saber da vida de cada um, isso é comunhão, comunhão de Cristo. É o amor que nunca falha!

A quem colaborou para ajudar a suprir nossas necessidades

Esta é Giovana, filha da Nataine. Ela e sua família foram alcançadas por quem se importa!


Queridos




Entenda que cada colaboração sua em 2009 ajudou a amenizar o sofrimento da fome de muitas famílias da Vila Estação que frequentam a Betel de Mogi. Desejamos que em 2010, sua família seja mais ainda próspera para dividir com aqueles que vivem a realidade da desigualdade social.




E, insisto: estas famílias são de homens, mulheres e crianças - são pessoas como nós. Além da sua doação, se disponha a visitá-los, pelo menos uma família. Você pode, inclusive, levar pessoalmente uma doação de cesta básica.




Mais do que uma ação social, precisamos NOS IMPORTAR com a vida das pessoas. Há uma fome de relacionamento humano, fome de amor de Cristo... muito maior e mais danosa que a fome material.

sábado, 7 de novembro de 2009

Atendimento Dentário para a Vila Estação!





Depois de quase um ano de trabalho, conseguimos inaugurar o atendimento dentário para as pessoas carentes da Vila Estação, comunidade que abriga centenas de famílias em situação de vulnerabilidade social. A ação solidária aconteceu dia 16 de outubro, levando atendimento odontológico a pessoas com um passado triste, tais como ex-presidiários e menores que já moraram na Praça da Sé.Conhecer de perto essa realidade comoveu a equipe do Dentista Cidadão. Sharita, uma das pessoas atendidas, ao sentir o amor da equipe, comentou: "Nunca me senti tão amada e cuidada quanto hoje". Além dela, que teve passagem pelo presídio, sua mãe e marido estão cumprindo pena. Seu filho, que acabara de deixar as ruas, na Cracolândia, também recebeu atendimento bucal e espiritual.


Marcelina, portadora do vírus HIV, também foi assistida pela junção de equipes do Dentista Cidadão. "Todos me tratam com nojo e só pude tratar dos meus dentes aqui, onde me tratam com o mesmo amor e carinho que tratam os outros", confessou. Ao final da ação, os dentistas Raul Matamala Aranêda, Débora Almeida Silveira e Dewiyanti Halim ficaram maravilhados com o agir de Deus na vida daquelas pessoas. resgatar vidas das mãos do inimigo.


Você pode participar também! Deus conta com você para alistar-se a este exército! Venha e faça a diferença!".



Precisamos de doações de materiais odontológicos!

Precisamos de doação de trabalho protético.

Precisamos de pessoas que amem vida para fazer o trabalho de apoio aos dentistas.


Sempre há o que fazer se você quiser fazer algo!

Para quem vão as cestas feitas com os alimentos doados?



Só quem passou fome uma vez sabe o que não ter nada para dar aos seus. Felizmente para muitos de nós, isso é uma longe realidade. Não para muitos irmãos nossos, pessoas que por muitas razões, explicáveis ou não – nosso papel não é de juiz – vivem aquém do limite normal de alimentação para um ser humano.
Vão abaixo as descrições das famílias que recebem ajuda mensal graças a sua lembrança e disposição em dar.
Nataine: Tem 18 anos, duas filhas pequenas, o marido – com problemas causados pela diabete - é trabalhador rural, vive de trabalhos esporádicos na agricultura. Sua mãe Vilaine mora ao lado, com mais dois irmãos e vive de bicos.
Raimunda e seu José: Já com bastante idade cuidam de uma filha excepcional adolescente. Ela não pode trabalhar por causa disso. Seu José trabalha como ajudante de pedreiro, mas não é uma atividade fixa.
Dona Conceição: É uma senhora de 64 anos, mora em um cômodo ao lado da filha que tem 5 filhos. Suas pernas estão grossas de varizes que não podem ser tratadas por cirurgia por causa das complicações de saúde. Seu genro trabalha em troca de salário mínimo, insuficiente para os cinco filhos. Quando a situação fica muito difícil, isso acontece frequentemente, dona Conceição sai pelas ruas pedindo comida nas casas.
Cida: Tem três filhos pequenos, o marido trabalha como ajudante e recebe um salário mínimo. Com o esforço e o dinheiro extra das férias e 13º. Constroem aos poucos sua casinha de dois cômodos.
Marcelina: Mora em um cômodo cedido pela irmã que ficou nos dois cômodos restantes. Marcelina além do HIV, se recupera de um AVC e luta contra um tumor no cérebro. Seus filhos mais velhos estão em outra cidade, perdidos e envolvidos no pior que este mundo oferece. A filha menor foi encaminhada pelo juiz para morar com a madrinnha, uma outra está num orfanato, e a Marcela, que freqüenta a igreja, faz bijuterias para vender, mora com a mãe. Quando não está na escola, está cuidando da mãe.
Seu Luiz e Cláudia: Depois que uma chuva derrubou o barraquinho que ajudamos a construir, elas se mudaram para Biritiba, e reconstruíram o barraquinho ao lado da casa da mãe da Cláudia. Lá ela está se tratando de problemas sérios de tireóide. Seu Luiz vive como catador e para fazer isso, precisa da sua carroça e de um cavalo – o último foi roubado. Com a sua ajuda poderemos levar a carroça para Biritiba, já que lá arrumou um cavalo.
Wellington: Ele é ainda um menino que não falta na igreja, através dele a mãe e os irmãos estão vindo. Seu pai foi embora de casa, pois só bebia e não trabalhava. Sua mãe procura emprego como empregada doméstica para sustentar seus quatro filhos. Um dia, o Wellington depois do culto, antes de a mãe dele vir para igreja, me perguntou se não tinha uma cesta básica para levar para a casa dele, pois não tinham comido nada o dia inteiro.
Rosangela: Viúva, doente com 12 filhos. Vivem de recolher latinhas e objetos recicláveis.
Cícera: grávida, com dois filhos, o marido é trabalhador rural.
E muitos outros que esporadicamente nos procuram para pedir socorro, por isso procuramos sempre ter algo para esses momentos.
Todas as pessoas que recebem ajuda, são visitadas várias vezes para avaliar a realidade da situação. Isso é feito não só para evitar injustiças – pessoas que recebem ajuda sem estar em estado de necessidade -, mas também para receberem orientações, palavra de esperança e direcionamentos a fim de que a realidade deles mudem. Esse é o principal objetivo, caso contrário, precisaremos ajudar sempre. Cremos no poder restaurador de Deus, material e espiritual, para a vida dessas pessoas.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Projeto Restaurar



O Reino de é justiça, e isso tem a ver com dignidade, e dignidade é poder sorrir com dente e dente sadio. Isso parece simples, mas para muitos excluídos e marginalizados isso é um sonho distante e muitas vezes dolorido. Levar saúde bucal para pessoas que não tem acesso a isso e proclamar a justiça e dignidade do Reino de Deus.


Ajude! Precisamos de

.....dentistas voluntários

.....material dentário para os tratamentos

.....voluntários para evangelizarem as pessoas que estão recebendo tratamento.


Já temos 48 pessoas sendo atendidas. Faça parte dessa revolução!!!



Instruções para os voluntários-evangelistas do Projeto Restaurar:


  • Os voluntários receberão um histórico das pessoas que serão atendidas.

  • Uma vez por mês acompanharão um grupo de 6 pessoas ao dentista. Receberão a forma de contato com elas, devem combinar um lugar para se encontrar, deixando um tempo de tolerância de atraso de 15 min.

  • Os consultórios ficam na Barão de Jaceguai, em Mogi. É próximo da estação de Mogi.É uma rua que sai da praça.

  • No primeiro dia farão a anamnese de cada um.(receberão orientação para isso).

  • Nos dias seguintes, desenvolverão contato pessoal com as pessoas, farão aconselhamento, evangelismo (Quatro leis espirituais)

  • Não se esqueçam de orar por eles, e se possível mantenham sempre contato durante o mês. Não só para lembrar da data da consulta, mas também para saber da vida deles.

  • Isso pode ser feito por telefone, ou por carta, ou nos dias de culto para aqueles que freqüentam a igreja.

  • Atenção: Durantes os encontros, os evangelistas devem evitar conversas maldosas, críticas, fofocas. Não se intimidem de cortar essas conversas, sempre com amor, ensinando a eles como é o verdadeiro relacionamento cristão.

  • A cada encontro devem enviar um relatório simples para inesmurad@terra.com.br ou entregue em mãos. Neste relatório deve haver um pequeno resumo de cada pessoa atendida, como ela se comportou, quem se atrasou, ou não foi, como foi o tratamento.

  • Lembre-se de que estas pessoas, na sua maioria, são prejudicadas social e culturalmente. Não os trate como inferiores, mas sim como mais fracos que precisam da nossa força e nosso amor.

Nós somos o canal de Deus para eles. Deus usará a cada um de nós, que estamos dispostos, para abençoar a vida deles. Isso é Reino, isso é luz nas trevas, isso é ser sal da terra.

Deus abençoe você nesse ministério.